Sabe, antes de ter este blog, eu usava aquela space live do MSN. Estava lendo as besteiras que postei por lá e encontrei um texto bonito sobre o John Frusciante.
"Lembro de ter lido em algum livro de filosofia, já não me lembro qual, a seguinte anedota: o mestre budista pergunta para seu discípulo o que deve fazer o Iluminado quando recebe uma paulada na cabeça. O discípulo diz: 'não deve se abalar, deve suportar a dor, calar o grito que quer lhe fugir da garganta, resignar-se ao seu destino, aceitar o sofrimento que é inerente à existência humana'. O mestre discorda: 'Mas não, ficar reprimindo a expressão do sofrimento não é aceitá-lo. O Iluminado, quando recebe uma paulada, faz isso - berra de dor! Aceitar a vida como ela é significa aceitar o sofrimento, aceitar a nossa vontade de protestar contra ele, gritar de dor quando sentimos dor'.
Frusciante me deu uma lição parecida. Não conseguimos ser felizes porque fingimos ser alegres o tempo inteiro e andamos pelo mundo com um sorriso falso na cara. Não ousamos botar para fora todos os maus sentimentos que, por ficarem no interior, meio reprimidos e inexpressados, nos bloqueiam o caminho para uma felicidade mais verdadeira, para uma existência mais genuína. Expressar é exteriorizar. Aquela que só exterioriza alegria e clarões deixa dentro de si justamente aquilo que deveria ser lançado fora. Não sei se sei me explicar bem. Mas acho que está aí a chave para entender o porquê a arte de Frusciante é tão fascinante e pode ser tão importante, existencialmente falando".
Frusciante me deu uma lição parecida. Não conseguimos ser felizes porque fingimos ser alegres o tempo inteiro e andamos pelo mundo com um sorriso falso na cara. Não ousamos botar para fora todos os maus sentimentos que, por ficarem no interior, meio reprimidos e inexpressados, nos bloqueiam o caminho para uma felicidade mais verdadeira, para uma existência mais genuína. Expressar é exteriorizar. Aquela que só exterioriza alegria e clarões deixa dentro de si justamente aquilo que deveria ser lançado fora. Não sei se sei me explicar bem. Mas acho que está aí a chave para entender o porquê a arte de Frusciante é tão fascinante e pode ser tão importante, existencialmente falando".
(Eduardo Carli de Morais)
Bonito mesmo. Sei que o John "década de 90"era mais criativo e melhor guitarrista. E sei também que o John de hoje nem parece o de dez anos atrás. Mas prefiro o atual justamente pelas razões apresentadas pelo autor acima. No fim, a técnica é a parte menos importante da arte. O que realmente importa são as emoções que um artista desperta em seu público. E o Frusciante é bem melhor nisso hoje.
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