27 julho, 2008

(Correndo o risco de parecer soberba)

Precisei ler 33 páginas de Trópico de Cancêr, do Henry Miller, para entender que a geração beatnik já era - pelo menos para mim. Cansei desses autores americanos que viviam à base de drogas, bebidas e sexo. Não é bem o conteúdo que me incomoda, mas sim a forma em que ele é apresentado. Confesso que já li Bukowski e Kerouac e gostei deles. Mas tudo tem sua época. Isto nos é permitido. Assim como nos é permitido ter um integrante de boy band favorito, aprender coreografias das Britney Spears, gostar de Harry Potter (isso quando a gente tem uns 15 anos, mas nada contra quem faz isso até hoje).

Acho que fiquei assim porque terminei o volume II de O Retrato. Não se compara Erico Verríssimo a Henry Miller. Depois das 33 páginas de o Trópico de Cancêr, desisti. Desisti e abri Todos os Nomes, de José Saramago. E foram necessárias 30 páginas para lembrar o quanto Saramago é genial.

***

Amanhã começa mais um semestre e não estou com vontade alguma de ir para a faculdade. Já comprei um caderno bonito, um estojo da Betty Boop e um bloco de anotações cor de rosa. Mas ainda não me animei. Amanhã é dia de acordar ao som de It's Getting Better e respirar fundo outra vez.

Um comentário:

Camila Chudek disse...

eu tô na minha fase beat agora. adorei bukowski, estou quase compulsiva, kerouac eu comecei e fiz um intervalinho pra ler um livro do Fernando Sabino que caiu nas minhas mãos e me parece bem bom. acho que é uma fase válida, mas realmente não sei se se sustenta por muito tempo essa leitura de sexo, bebida e desgraça.

mas como você disse, todos temos fases, né. e eu gosto mais da minha fase beat do que minha fase boy band :)

beijo, carlinha!