Faz um tempo que ensaio um post sobre o novo CD do John Frusciante, o The Empyrean. Já defini mentalmente várias e várias frases, mas não anotei nenhuma e esqueci todas. E agora estou aqui ouvindo o tal álbum e sentindo como é bonito.
Mas nem sempre tive a mesma opinião sobre esse disco. A primeira vez que o ouvi achei triste demais, monótono até. Sem contar que depois da quarta música, meu mp3 estragou para sempre. Mas aí ganhei outro e resolvi encarar o Frusciante. E ouvi mais uma e mais outra e uma outra vez ainda. E dessa última, houve a entrega. Cheguei à conclusão de que só respeita o Frusciante quem se entrega as suas músicas. E com entrega quero dizer ouvir o disco verdadeiramente, prestar atenção em cada verso, em cada linha melódica. Aí, e só aí mesmo, todas as músicas ganham sentido.
The Empyrean é um disco sombrio. Não mais que os dois primeiros da carreira solo de Frusciante (o
Niandra Lades... e o Smile...). Ele até havia publicado em seu blog um poema que definia o álbum, mas agora a página foi desativada. Se bem me lembro, as palavras eram: morte, escuro, luz, sombra, redenção, vida, Deus. Talvez não nessa ordem. E é bem por esse caminho pelo qual segue o álbum. Para gostar, é preciso deixar todo o ceticismo de lado e colocar em prática seu lado espiritual independente de religiões.
Na média, as músicas são boas, uma mais e outras menos. Destacam-se, com toda certeza,
Central, na qual Frusciante nos lembra que é um dos melhores guitarristas de sua geração, e
One More of Me, que muito lembra as canções loucas de Tom Waits.
É isso, gostaria de ter compartilhado minhas impressões com quem possa interessar. Desculpem o texto mal escrito, mas estou com pressa. E, melhor do que meu texto é o do John:
"The Empyrean is a story that has no action in the physical world. It all takes place in one persons mind throughout his life. The only other character is someone who does not live in the physical world but is inside it, in the sense that he exists in peoples minds. The mind is the only place that anything can be truly said to exist. The outside world is only known to us as it appears within us by the testament of our senses. The imagination is the most real world that we know because we each know it first hand. Seeing our ideas take form is like being able to see the sun come into being. We have no equivelent to the purity of that in our account of the outside world. The outer world appears to each of us as one thing and it is always also a multitude of others. Inside to outside and outside to inside are neverending. Trying and giving up are a form of breathing".
- John