28 abril, 2008

Nothing Fails

It was not a chance meeting
Feel my heart beating
You're the one

19 abril, 2008

Poderia falar de um milhão de coisas apenas para justificar o novo layout do blog. Mas só quero dizer que não, eu não tenho os ossos de vidro.

***

Estou no início do livro Travessuras da menina má, do Mário Vargas Llosa. Faz algum tempo que desejava ler esse livro, mas só agora criei vergonha na cara para tal. Nas férias, durante minha visita ao Chile, li outro livro do Vargas Llosa - Pantaleão e as visitadoras. Divertidíssimo. Pantaleão Pantoja é um oficial do exército peruano extremamente dedicado a seu ofício. Ele é requisitado para uma missão secreta um tanto quanto inusitada: coordenadar o serviço das visitadoras (lê-se prostitutas mesmo) no exército. O que parecia absurdo dá certo. O trabalho das meninas cresce graças à organização do protagonista. No entanto, Pantaleão e seus companheiros são descobertos. Toda a sociedade se volta contra o exército peruano. A situação toma proporções gigantescas. Assuntos mais sérios, como uma seita religiosa que vem matando muitas pessoas no país, são deixados de lado pelo governo e pela mídia. Começa uma verdadeira crucificação de Pantaleão que, claro, leva toda a culpa em suas costas de militar dedicado.

Vargas Llosa apresenta ao público uma narrativa genial. Diálogos entre personagens são mesclados com os divertidos relatórios que Pantaleão escreve e envia a seus supervisores. Mais inteligente do que a narrativa é o conteúdo da obra. Pantaleão e as visitadores é, acima de tudo, uma crítica à hipocrisia e às esferas de poder. O livro mostra como os poderosos se aproveitam da ingenuidade alheia. Quem duvida, espere até a última página, na qual a verdadeira hipocrisia é revelada.

Vontade de embrulhar e dar de presente um exemplar de Pantaleão e as visitadoras a todos aqueles que precisam rever seus conceitos.

09 abril, 2008

Virar a página

Geralmente não falaria o que vou falar agora, mas estou orgulhosa de mim mesma. Não tenho temores de ser eu e apenas eu. Não tenho medo de dizer e defender aquilo que penso e sinto. Não preciso, ao contrário dessa juventude, me esconder atrás de roupinhas indies nem de um amontoado de informações que não servem para nada, a não ser para "conquistar" amizades (sim, conquistar entre aspas mesmo). Posso dizer "eu te amo". Isso sim é liberdade.

***
Mudando de assunto...
Não vejo muita televisão. Assisto apenas aos noticiários, a uns capítulos de novela. Mas então resolvi dar uma chance ao Dexter (e estamos com o DVD desde novembro do ano passado, se não me engano).

Dexter é uma das mais gratas surpresas da TV recente - ou pelo menos do mundo das séries. Ao contrário dos criadores de 24 Horas e de Lost, os idealizadores de Dexter não inovaram na forma de se fazer um seriado e de se contar uma história. Inovaram no conteúdo. O argumento da série é fantástico. O protagonista é um serial killer, um anti-herói. Mas tem um bom coração, quer ver e fazer justiça. E o desenvolvimento da trama é excelente. Não vou contá-lo para não estragar a surpresa de quem, eventualmente, ainda não tenha visto a série.

Para melhorar, Dexter possui um elenco de primeira. Todos os atores são ótimos. E Michael C. Hall, que dá vida ao protagonista, é um dos melhores atores em atividade (costumo julgá-los pela expressão do olhar e a de Michael é infalível).

E o mais importante para mim: Dexter me faz lembrar de como eu sempre quis policial. Quem sabe um dia.