25 setembro, 2008


Hoje nada vai me aborrecer. Não vou ficar chateada por ter acordado às 5 da manhã e começado a trabalhar às 6h15. O frio intenso dessa cidade não me aborrece. Nem a garoa fina e gelada mexe com meus nervos. Não. Hoje eu poderia ter cruzado com milhares de pessoas mal educadas - nenhuma delas me revoltaria. Os latidos dos poodles e as crianças incovenientes não me incomodaram. Nem mesmo o trânsito pesado das seis da tarde me tirou do sério. Não, hoje não.

Hoje, o que mais marcou foram as palavras bonitas que li/ouvi de outros autores. E há dias em que aquelas certezas de sempre parecem valer mais, muito mais. Hoje meus sentimentos não cabem em mim. Estou menor do que o usual diante de tudo o que sinto.

Menina, a felicidade é cheia de praça, é cheia de traça, é cheia de lata, é cheia de graça.

Eu sei o que é serenidade.

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