10 outubro, 2008

Sobre meu encontro com Sabino

Não sei você, mas eu não acredito no acaso. Tudo, mas tudo mesmo, acontece com um porquê, por um motivo (até mesmo os R$ 60 que perdi ontem). Por isso, acredito que meu encontro com o Fernando Sabino aconteceu do jeito que tinha que acontecer.

Explico.

No dia 11 de outubro de 2004, fui ao centro da cidade por uma razão que nem me lembro qual. E, como já havia terminado o que tinha para fazer, resolvi dar uma volta na Biblioteca Pública. Estava com vários livros para ler, mas ainda assim entrei. Entrei e fiquei passeando entre as estantes da seção de literatura. Não tenho na mente todos os detalhes daquela manhã, mas acho que dei voltas e voltas lá dentro.

De repente, parei e pensei: “o que estou fazendo aqui mesmo?”. Nesse momento, estava diante da prateleira de Fernando Sabino. Retirei, como quem não quer nada, o livro O Encontro Marcado. Emprestei sem saber se iria ler.

Por volta das 14 horas, ouço aquela musiquinha do Plantão da Globo. Informaram o falecimento do escritor Fernando Sabino, de câncer. Derramei algumas lágrimas sem nem perceber. Lembrei do livro na bolsa. Iniciei a leitura no mesmo dia.

Para resumir: O Encontro Marcado narra a história de Eduardo (com muito do próprio Sabino), desde sua infância e juventude em Belo Horizonte até o momento em que ele vai para o Rio de Janeiro e torna-se jornalista.

E O Encontro Marcado era bem o que eu precisava naquela época. Toda a trajetória do menino de Minas, sonhador, sonhador, me inspirou a também mudar, a também seguir meu caminho, a não ter medo do que não conheço. Enfrentar o mundo é difícil, mas é difícil pra todo mundo.

Depois de ler O Encontro Marcado, eu mudei.

Fico sempre com a frase que define o livro:

“Ele faria da queda um passo de dança, do medo uma escada, do sono uma ponte, da procura, um encontro”.

Um comentário:

Unknown disse...

E eu já te contei isso, mas esse livro caiu na minha cabeça, literalmente, num sebo escondidíssimo que tem no centro. E essa frase me fez querer ler ele na hora, comprei e li, amei.

Assim como você, era o que eu precisava ler, na hora certa. E depois dizem que não existe destino :)

Beijo, Carlinha!